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sábado, 19 de janeiro de 2013

Paraíso ?



Na verdade Paraísos Artificias é uma história triste. Engana-se quem acha que vai ver curtição, alegria e sorrisos.
Paraísos Artificiais mostra o lado eufórico da droga, o lado libidinoso da droga, o lado da bad trip e o lado da VIAGEM. Muito bem feitos, por sinal. Ponto alto pra cena de oversode.Ponto alto para as cenas de sexo, que aliás, são muitas! Me surpreendi com a interpretação de Natalia Dill, que saiu um pouco dessa aurea que a circunda de "menininha rica do Leblon" interpretando muito bem uma dj "mutco loka e bissexual". Convence.
Uma das frases mais marcantes foi justamente de um velho rato de rave que disse à Érika, personagem da Natália Dill que "as drogas são incapazes de criar uma realidade alheia à você, elas simplesmente, potencializam o que já existe. As pessoas tiram das drogas o que elas querem, a grande questão é: será que elas querem o que é melhor pra elas?". Pra mim esta frase valeu o filme inteiro. Sem apologias a nada, acho que o filme retratou bem o universo das raves - eu nunca fui em nenhuma dessas que duram dias, quem foi pode falar melhor por mim - mas do pouco que eu conheço, é bem aquilo ali. Infelizmente a trama caminha para um clichê disfarçado de "as drogas são ruins" e por isso perdeu um pouco do ineditismo na abordagem do tema. Os cortes temporais são meio confusos, o que dificulta um pouco acompanhar a sequência linear dos fatos, mas talvez não precise, pois como uma boa viagem psicodélica, nada faz muito sentido mesmo, e o que estava atrás pode vir pra frente e o que estava na frente pode nem mesmo existir...

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