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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pousada do Convento oferece charme e conforto aos visitantes de Cachoeira



Por: Taísa Silveira

Famosa pela sua história e fortes aspectos culturais, a cidade de Cachoeira oferece ao seu visitante uma série de programas turísticos, desde a visitação aos monumentos históricos e religiosos, como igrejas em estilo barroco, ao ecoturismo em meio às trilhas abertas pela Mata Atlântica. Mas quando a idéia é unir essas atividades ao conforto de uma boa hospedagem, a Pousada do Convento – primeira construção civil-religiosa da cidade – é uma das melhores opções da cidade.

A pousada possui uma arquitetura privilegiada. Ao entrar no hotel, o turista se depara com uma escadaria de degraus largos, uma herança da época em que o lugar ainda era um convento de frades carmelitas. Na área externa, um jardim, rodeado por mangueiras, jambeiros e trepadeiras, com bancos de madeira forma um perfeito ambiente para o visitante relaxar lendo um livro ou tomando um coquetel de frutas servido pelo restaurante do hotel. Duas piscinas, uma especialmente adaptada para crianças e idosos e outra maior, para os que gostam de nadar, estão entre as opções de lazer.

Quem opta por visitar Cachoeira hospedando-se no antigo convento, terá o privilégio do contato com um ambiente que mistura o estilo rústico da arquitetura do século XV ao agradável clima tranqüilo, típico de cidades pequenas como Cachoeira. A confortável estrutura inclui quartos climatizados, internet wi-fi, garagem fechada, serviço de lavanderia e um restaurante que serve, entre outros pratos, uma deliciosa moqueca de camarão – um dos carros-chefe da cozinha do hotel.

A Pousada do Convento, que fica localizada próxima ao Centro de Cachoeira, possui 52 dos 300 leitos de hotéis da cidade e faz parte do Conjunto do Carmo – uma série de construções com fins religiosos onde funcionou também um hospital, um convento de frades e serviu de sede do Quartel General na luta baiana a favor da independência do Brasil, em 1822.

O antigo Convento do Carmo, onde atualmente funciona o hotel, foi construído entre 1670 e 1700. Sua estrutura em estilo colonial foi preservada, especialmente após seu tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1970. Depois desta data, o órgão já financiou a recuperação do Convento e da Igreja do Carmo, construída em estilo barroco e completamente folhada a ouro.

Atrativos turísticos – Entre as opções de passeio pela cidade de Cachoeira são as trilhas que levam às cachoeiras do Japonês e da Levada. A trilha que dá acesso à primeira tem dois caminhos – uma pelo do clube Balneário e outra pelo bairro do Caquende. A caminhada dura cerca de duas horas e o visitante terá a oportunidade de tirar muitas fotos panorâmicas. A trilha passa pelos trilhos do trem até chegar à cachoeira que possui pequenas quedas d’água e poças que permitem aos visitantes banhar-se tranquilamente.

Para aqueles que preferem trilhas mais fáceis existe a opção da Levada, de acesso menos complicado e que permite ao visitante chegar à cachoeira em menos de 40 minutos. A Levada possui vários locais para o banho e uma ótima paisagem, com árvores frutíferas que deixam o clima fresco, além do privilégio do visitante poder ter acesso à nascente que fica a menos de 20 metros da principal queda d’água da cachoeira.

Quem preferir explorar a cultura da cidade pode fazer os passeios de barco pelo rio Paraguaçu, saindo do cais do porto e se dirigir ao município de Nagé, que oferece, além da possibilidade do banho nas águas do Paraguaçu, a visita ao antigo Engenho da Vitória, que no século XIX produzia boa parte da farinha que era exportada da cidade de Cachoeira.

Cachoeira também é um dos principais destinos do turismo étnico na Bahia. Para os fascinados pela cultura afro-brasileira, existem guias bilíngües especializados em fazer passeios pelos terreiros de Candomblé, proporcionando ao turista a interação direta com os cultos da religião de matriz africana, um dos principais atrativos da cidade.

E como a cidade pulsa cultura e história, o visitante que deseja conhecer um pouco mais do passado do Recôncavo baiano pode visitar as Igrejas Matriz e do Carmo, a Capela de Nossa Senhora da Ajuda – que no mês de novembro realiza a festa de Nossa Senhora da Ajuda, uma espécie de Carnaval fora de época com mascarados e fanfarras que arrastam os foliões pelas ruas da cidade.

Outra importante atração, a Câmara e Cadeia, uma antiga construção do século passado que serviu de prisão para os escravos e atualmente abriga uma espécie de memorial da luta pela independência do Brasil, repleto de livros e objetos da época. O turista pode conhecer a Câmara e Cadeia diariamente, a qualquer hora do dia.

Para mais informações sobre o município de Cachoeira e opções de hospedagem e de alimentação clique aqui.

Serviço

Como chegar

Partindo de Salvador pela BR-324, seguir até o entroncamento da BA-026, percorrendo-se mais 11 km até Santo Amaro. A partir desta cidade, siga para Cachoeira pela mesma BA-026, trafegando por mais 38 km. Outra opção é seguir pela BR-324 até o viaduto que dá acesso à BR-101 e, de lá, seguir até a Barragem de Pedra do Cavalo. Depois é só pegar o acesso para Cachoeira. De ônibus é possível ir pela empresa Santana, a partir do Terminal Rodoviário de Salvador. Mais informações pelo telefone (71) 3450-4951. A cidade de Cachoeira fica a 109 km de Salvador.

Tarifas da Pousada do Convento
Quarto Individual
Térreo – R$ 55,00
Andar Superior – R$ 99,00

Quartos Duplos
Térreo – R$ 80,00
Andar Superior – R$ 149,00
Mais informações: (75) 3425-1716

*Matéria originalmente publicada em 17 de fevereiro de 2011/verão.bahia.com.br

Acarajé é o quitute preferido dos turistas na Bahia

Por: Taísa Silveira

Os finais de tarde da Barra são conhecidos em todo o mundo. Famosos pela sua graça e cores vibrantes, são um convite a quem deseja visitar um dos bairros mais antigos e atraentes da capital baiana. Além dos baianos, eles encantam também os turistas que têm o Farol da Barra como uma boa opção para relaxar e saborear uma das maiores delícias da nossa terra: um popular bolinho de feijão, frito no azeite de dendê. Iguaria facilmente encontrada nas esquinas da cidade de Salvador, além de ser vendido e ter agradado o paladar dos baianos e de todos os que vêm à terra do Senhor do Bonfim, também tem status de comida sagrada, preparada nos cultos religiosos dos orixás do Candomblé.
No verão ou em qualquer outra estação do ano, além das belas praias, o turista também busca conhecer um pouco da culinária da Bahia, e o acarajé é um dos principais atrativos. “Vim para Salvador de férias com a família. Estamos pela primeira vez na Bahia, viemos por ouvir falar das praias e da comida e temos família morando em Abaré, no interior do estado. É a primeira vez que provo o acarajé e gostei muito” disse a Sabrina Rodrigues.
Outra turista que não deixou de lado a vontade de provar o bolinho, também conhecido como acará, foi a médica Alessandra Caiado. Pela quinta vez de férias em Salvador, Caiado diz que o acarajé da Bahia é o melhor que já experimentou. “Já vi e provei o acarajé em outros estados, mas o daqui é mais saboroso. É o original. Provei o da Dinha, no Rio Vermelho, e nunca mais quis trocar por outro”, explica.
Já a chef israelense Mirav Levitan veio ao Brasil pela primeira vez este ano e fez questão de provar o famoso acarajé. “Vir para o Brasil era um sonho. Posso dizer que Salvador é um lugar mágico” revela sorridente a turista de 40 anos que diz ter viajado pelo mundo durante quatro anos, mas não poderia deixar de vir a Salvador e experimentar o famoso bolinho. “O acarajé é a primeira comida baiana que provo. É uma delícia, amei!”, comentou Mirav Levitan, animada ao degustar o acarajé da Tânia, que fica em frente a um dos principais pontos turísticos da cidade, o Farol da Barra. Além do sabor do acarajé, o que chamou também a atenção da turista foram as roupas típicas das baianas.
Trajadas com as vestes típicas da religião de matriz africana, as baianas do acarajé usam batas brancas de richelieu, anáguas, largas saias engomadas, contas coloridas que representam os orixás e, na cabeça, o ojá africano – um turbante essencial para a composição da roupa de baiana. Tudo como manda o figurino dos terreiros de Candomblé.
E por falar em terreiro, a baiana Cláudia de Assis, que tem um ponto no Rio Vermelho, diz que sua mãe e sua avó tinham ligações com o Candomblé, mas ela se diz espiritualista e mantém as roupas por tradição. “Apesar de não ser adepta do Candomblé, mantenho a roupa até por uma questão de identificação, principalmente para os turistas que não param de chegar a Salvador nesta época do ano. Eles não dispensam o nosso acarajé”, explica a baiana, que é filha de Dinha – famosa quituteira que morreu em 2008, mas deixou a receita e o ponto de venda do acarajé como herança para a família.
O preço do quitute varia, dependendo dos acompanhamentos escolhidos, que vão desde a salada de tomates verdes ao caruru (comida feita com quiabos e camarão), vatapá (creme de massa de pão cozido com azeite de dendê), camarão seco e pimenta. O acarajé com camarão é o mais caro, com preços variando de R$ 3,50 a R$ 5.
Apesar de ser, disparado, a preferência de quem vai ao tabuleiro da baiana, o acarajé divide espaço com o abará, que também é feito com feijão fradinho triturado, mas, ao contrário do acarajé, não é frito no azeite de dendê: é cozido e pode ser servido com os mesmos acompanhamentos do acarajé e custa o mesmo valor. Outras iguarias como cocadas, doce de tamarindo e bolinho de estudante (bolinho de tapioca e coco, frito em óleo fervente e servido polvilhado com açúcar e canela) também compõem o menu das baianas.
No verão, as vendas sempre aumentam. Apesar de não revelar números, a baiana Telmira Nery, irmã da também baiana Tânia, do Farol da Barra, confirma: “não temos uma base, mas o faturamento aumenta bastante nos finais de semana e no verão”.
Seja na Barra, no Rio Vermelho ou em qualquer outro bairro de Salvador, uma coisa é certa: o clima agradável e o acarajé quentinho e gostoso estão garantidos tanto para quem é da terra quanto para os turistas.

Veja as opções de onde comer o acarajé em Salvador (informações do Guia Veja Salvador)

Cira do Acarajé
Endereço: Rua Aristides Milton, s/n – Itapuã
Telefone: (71) 3249-4170
Horário de funcionamento: Das 10h às 22h (sábados, domingos e feriados até às 24h)

Acarajé da Dinha
Endereço: Largo de Santana, s/n – Rio Vermelho
Telefone: (71) 3334-1703
Horário de funcionamento: Das 16h30 às 24h (sábados, domingos e feriados, a partir das 11h)
Acarajé da Tânia
Endereço: Avenida Oceânica, em frente ao Farol da Barra – Barra
Horário de funcionamento: Das 14h à 1h

Acarajé da Edna
Endereço: Avenida Sete de Setembro, s/n – próximo ao Bradesco – Centro
Telefone: (71) 9973-3525/3243-7171
Horário de funcionamento: Das 10h30 às 19h (sábados até às 15h)

Acarajé da Áurea
Endereço: Rua Adelaide Fernandes da Costa, Parque Costa Azul – Costa Azul
Telefone: (71) 3363-4017
Horário de funcionamento: Das 16hàs 21h (fecha sábados e domingos)

Acarajé da Raquel
Endereço: Largo Dois de Julho, s/n – Centro
Telefone: (71) 8787-5514
Horário de funcionamento: Das 16h às 21h (fecha sábados e domingos)

Acarajé da Dica
Endereço: Largo do Pelourinho, s/n – em frente à Fundação Casa de Jorge Amado – Pelourinho
Telefone: (71) 3388-2105/9215-5446
Horário de funcionamento: Das 14h às 22h

Acarajé da Rosineide e Neidiane
Endereço: Porto da Barra, s/n – em frente ao Instituto Mauá – Barra
Horário de funcionamento: Das 10h às 20h (sábados e domingos até às 18h)

Acarajé do baiano Cuca
Endereço: Avenida Oceânica, s/n – ao lado do Speed Lanches – Ondina
Telefone: (71) 8633-7981/8109-2208
Horário de funcionamento: Das 10h às 20h (sábados e domingos até às 18h)

Acarajé do Lucas e Rosilene
Endereço: Largo da Mariquita, s/n – Rio Vermelho
Telefone: (71) 8110-4427
Horário de funcionamento: Das 14h às 23h (sextas e sábados das 17h às 3h e domingos das 13h às 23h)


* Matéria originalmente postada em 26 de janeiro de 2011/verão.bahia.com.br