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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Faculdade Adventista de Administração


Faculdade Adventista de Administração
Prof. Pedro Borges fala sobre moral, ética
e responsabilidade social do administrador


Por: Taísa Silveira

No dia 12 de maio, o professor Pedro Borges, habilitado em língua Inglesa pela Universidade Federal de Alagoas, e especializado nos Estados Unidos, foi o convidado dos alunos André Almeida, Lenon Tadeu, Lucimara Melo, Marília Souza, Sandrelesse dos Santos e Livia Almeida, do 1º semestre do curso de Administração da Faculdade Adventista da Bahia - IANE, em cumprimento de atividades acadêmicas da disciplina Teoria Geral da Administração, lecionada pelo professor Ricardo Costa, a proferir uma palestra sobre o tema "Ética, moral e responsabilidade social do administrador".
Fundador e proprietário do Instituto de Idiomas Polycenter, na cidade de Cachoeira, o Prof. Pedro Borges entende de inúmeras diretrizes de um administrador, na gerência das diversas atividades que a empresa requer do empreendedor. Inicialmente fundado na cidade de Salvador, o Polycenter já tem 34 anos de existência e muitas turmas formadas nas 5 línguas que oferece, dentre elas o inglês, o italiano,o francês e o hebraico. De maneira clara e descontraída, o professor Pedro Borges fez uma explanação definindo os conceitos de ética e moral e como o administrador deve unir essas duas qualidades, incorporando-as à responsabilidade social do empreendimento que gerencia.
Perguntado sobre como realiza a responsabilidade social em seu negócio, admite que no começo teve alguns problemas: “Inicialmente tive algumas dificuldades em incorporar à minha empresa essa ação de responsabilidade social. Algumas empresas só realizam esse trabalho para conseguir abatimento nos impostos. Sempre quis agregar essa atividade à estrutura do meu empreendimento, mas, inicialmente, tive dificuldade, tendo em vista a decisão pessoal de pagar salários justos aos servidores da instituição, de acordo com suas qualificações, competências e valor do trabalho executado. Então, por sugestão de minha esposa, aliei à estrutura da empreendimento a concessão de bolsas de estudo destinadas a estudantes procedentes de família de baixa renda, sem declarar esta iniciativa ao governo. O objetivo não era reduzir os impostos destinados aos cofres públicos.”
A palestra do professor Pedro Borges durou cerca de 40 minutos. Em seguida, respondeu a questões e comentou intervenções feitas pelos acadêmicos do curso de Administração, enfatizando a importância da incorporação de novos valores éticos e morais, tanto na vida pessoal quanto no trabalho. “É fundamental que o administrador deste século associe a responsabilidade social à suas práticas na vida pessoal. Será muito enriquecedor”.
O empreendedor Pedro Borges já administra seu Instituto de Idiomas Polycenter há muitos anos e diz que ser ético quando se trata da prestação de serviços à comunidade é de suma importância. “Existem empreendimentos em Cachoeira que pecam nesse sentido, o que acarreta na perda da confiança, e faz com que muitos clientes se afastem. Com a implantação das universidades, cuja clientela cresce a cada semestre, gerando um forte segmento com expressa capacidade crítica, empreendimentos gerenciados por indivíduos de postura duvidosa, tendem a desaparecer.”
Concluindo, o Prof. Borges falou de responsabilidade social. “Muitas empresas praticam essa “responsabilidade social”, mas a melhor responsabilidade social é aquela que permite independência, pois, muitas dessas empresas não têm qualificações técnicas para ampliar a geração de emprego, renda, e ocupação salvo raríssimas exceções. Por isso os jovens saem da cidade de Cachoeira, comprometendo o crescimento populacional. O empreendedor deve pensar no ser humano. O atual prefeito de Cachoeira é considerado bom administrador na urbanização de áreas, entretanto sua gestão não incluiu esses itens. O empreendedor de nossa era, do nosso século tem que ter essa visão.”
A cidade de Cachoeira é basicamente movida pelo turismo, pois, por ser uma cidade histórica e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional- IPHAN há uma dificuldade na construção de modelos arquitetônicos e algumas edificações residenciais e comerciais, que poderiam gerar ocupação, emprego e renda para a comunidade. “O governo do Estado é contra a instalação de indústrias em Cachoeira, a última foi a Mastrotto - indústria de beneficiamento de couros. Argumentam que Cachoeira é uma cidade histórica, e a instalação de indústrias em suas cercanias poderá ser poluente e prejudicial ao meio ambiente. Entretanto, a Mastrotto já gerou entre 1500 a 2000 empregos possibilitando que a população cachoeirana além de ser preservada,cresça e se desenvolva”, diz Borges.
A participação do professor se encerrou com palmas e música cantada pelos alunos, que disseram estar muito agradecidos pela contribuição e saíram certos de convidá-lo novamente, à vista de seus valores acadêmicos e experiência gerencial.